Como potencializar o desenvolvimento humano focando no alvo correto?

Foco nos pontos fortes, nos valores pessoais e nos desafios.

Muitas vezes passamos muitos anos e despendemos muita energia para superar nossos pontos fracos, sem sucesso. O motivo pode estar na forma como analisamos a situação, que continua sendo a mesma — focamos no que é negativo! Esta é uma visão que faz parte da nossa vida nas organizações, que costumam construir programas de desenvolvimento para superar fraquezas.

Porém, os pontos fracos justificam as fragilidades que limitam o nosso desempenho. E o que queremos, de fato, é potencializá-lo.

Que tal começar listando seus pontos fortes?

Está difícil? Pois pense em uma conquista, um feito, um resultado/objetivo atingido… algo que você fez e te provocou orgulho.

Pense agora nos recursos pessoais que você aplicou para conseguir este resultado.

Complete sua lista pedindo feedback às pessoas com as quais você lida.

Não aceite (nem de você nem de quem lhe deu feedback), definições genéricas ou adjetivos do tipo: responsável, dedicado, atencioso, etc. Procure evidências do tipo: entrega os compromissos pessoais/profissionais no prazo; só dá um trabalho por concluído depois de resolver todos os problemas, sem deixar pendências; ouve e mostra-se respeitoso e cortês com as pessoas, respectivamente.

Agora identifique os valores pessoais que se encontram por trás desses comportamentos. Nesses exemplos podemos identificar responsabilidade com prazos, lealdade e respeito pelas pessoas.

Agora pense nos desafios. A tendência pode ser encontrar as fraquezas. Mas existe uma diferença sutil. Fraqueza é um defeito que não escolhemos ter, desafio é algo que decidimos resolver. A diferença está também na carga emocional que imprimimos na forma de lidar com as duas perspectivas.

Mas vamos em frente. Digamos que sua dificuldade é a procrastinação.

Mas isto é genérico! Como esta procrastinação se manifesta? — “Deixo para depois, ou para última hora, o atendimento de pedidos que outras pessoas me fazem, e que não são importantes para atendimento de meus objetivos”.

Ok então! O passo seguinte é identificar sua zona de prejuízo. Qual o incômodo, ou prejuízos, que o resultado do teu “comportamento negativo” te provoca? O objetivo é evidenciar uma tensão da percepção de si mesmo e do ambiente (KURT LEWIN).

No exemplo citado a resposta pode ser: “As pessoas ficam chateadas comigo”; “as pessoas me cobram excessivamente” ou “Tenho que fazer muitas coisas, pelos outros, de última hora, deixando prioridades minhas para depois”. Estamos chegando…!

Qual desafio você se coloca para sair da sua zona de prejuízo com uso de seus pontos fortes e valores pessoais? “Responder, no prazo, às pessoas que me solicitam algo, demonstrando respeito por suas necessidades”. Observe que neste exemplo se encontram seus pontos fortes e seus valores. Seu comportamento vai mudar, não em função dos seus pontos fracos, mas com ajuda de suas fortalezas e de seus valores.

Agora é fazer o plano de ação para lidar com o desafio! Veja o que fizemos abaixo com o exemplo da procrastinação e inspire-se para dar início à sua caminhada!

Por Marcília Símeão | Diretora Técnica M. Simeão

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