Quanto custa para uma empresa não investir em treinamento de pessoas?

Há alguns anos atrás vi uma frase que dizia “Treinamento PODE ser investimento!”. Até hoje essa frase me vem à lembrança quando vejo, ao final do ano, as empresas divulgando seus resultados em “investimento em treinamento” associando às horas/homens treinados.

Isto me faz lembrar que todo este esforço pode não significar necessariamente a melhor das opções! Entendamos o porquê. Apesar do meu tema de escrita ser sobre “o custo em não treinar pessoas”, acabo sendo atraída também pela lembrança do “custo de treinar errado”.

Vejamos.

Tratando primeiro sobre os custos de não treinar, podemos apontar uma lista de situações bastante evidentes tais como:

  • Os acidentes de trabalho;
  • Violência física advinda de profissionais que deveriam apresentar controle emocional (tais como seguranças e policiais armados);
  • Quebra de máquinas e produtividade baixa;
  • Desperdícios no processo e refugo na produção;
  • Reclamações de clientes (inclusive nas redes sociais);
  • Processos e campanhas populares de rejeição à empresa (inclusive veiculados em jornais locais e nacionais).

Sim, o custo para reverter a imagem é altíssimo! E só citei alguns.

Os custos de treinar errado são basicamente os mesmos, mas com alguns agravantes:

  • Funcionários desmotivados por participarem de algo que não lhes diz respeito ou não lhes inspira significado;
  • Gestores aborrecidos pela falta de retorno em ter “liberado” o funcionário, ou ter, ele próprio, que sair no horário de trabalho;
  • Custos diretos de investimento com toda a logística do treinamento e horas homem não trabalhadas — geralmente acrescidas de horas extras ou pressão em decorrência de trabalho acumulado.

Para que possamos dizer que treinamento é investimento precisamos primeiro atender alguns requisitos. No âmbito do treinamento especificamente: ter objetivos bem pautados e contextualizados com conteúdos específicos para a realidade da empresa e evitar pirotecnias que deixam as pessoas “animadas”, mas sem consistência para o longo prazo. No âmbito do contexto: não considerar o treinamento como um remédio, mas “cuidar” da empresa como um todo — das relações, da comunicação, da valorização do funcionário, senão estará treinando, efetivamente, para o mercado!

E agora a questão de impasse para muitos profissionais de RH: minha empresa não dispõe de recursos para treinamento! E eu concluo com uma historinha que alguns já devem ter me ouvido contar: quando eu trabalhava no São Luiz — na época que era os “fusquinhas dos supermercados”, também não havia recursos para isto e eu dava treinamento sentada nas caixas do depósito ou nos corredores da loja. A grande questão é que se instaurava ali a educação na rotina da empresa como estratégia e fundamento de excelência. E isto faz uma grande diferença!

Portanto, não investir em treinamento é a decretar o insucesso… investir errado, também!

Por Marcília Simeão.

Em 12/12/2017.

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