Sobre pacientes e terapeutas humanos (e reais)
Mentiu quem disse que Psicólogo não se emociona junto com o seu paciente. E essa é uma das belezas desta profissão: a sensibilidade, a disponibilidade, o estar com e estar para. Sim, estudamos, fazemos a nossa terapia, investimos em supervisão e nos espelhamos em grandes nomes da Psicologia para conduzirmos com tato, profissionalismo, conhecimento e “neutralidade” as sessões com nossos pacientes.
Nunca, never, podemos nos descuidar e deixar que um valor pessoal nosso influencie a condução terapêutica direcionada a um paciente. Cada ser humano é ÚNICO e, por isso, necessita encontrar as suas respostas, que se diferenciam das nossas.
Mas sim, podemos e devemos, vibrar com o seu progresso afetivo, com o insight reestruturante, com o choro libertador, com o grito de autoafirmação. Ah, e como devemos! Porque é isso que dá liga, firma parceria, finca confiança, gera energia motriz para o processo. E mais. É parte transversal do processo de engajamento do terapeuta com seu paciente. Como já dizia Jung,
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.